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INTRODUÇÃO: A geometria sempre foi importante para a humanidade. Desde os primeiros passos do homem na terra, é possível afirmar que, além da contagem, a arte de medir foi a que teve maior destaque. Segredos foram desvendados por grandes matemáticos e sem a Geometria não teríamos Astronomia, instrumentos para a navegação, sem a navegação, como chegaria civilização nas Américas? Assim percebemos a importância da História com a Matemática. Desta vez, apresentamos em homenagem ao povo Grego, um trabalho contextualizando na História a Unidade de Comprimento e Razões com o tema Beleza Áurea, conceito que, o homem para ser belo, deve-se ao estudo das razões entre medidas em determinadas partes do corpo que se aproximam do coeficiente Phi = 1,618033..., supondo uma escala de coeficientes, na qual coloca as pessoas próximas ou não de serem belas – nas proporções áureas. Objetivamos eleger por duas modalidades, o casal – Miss e Mister 2008 – mais belo do 3º Ciclo da Escola VG: uma pela razão Grega e outra por eleição democrática; comparar os resultados; refletir a importância das medidas no cotidiano das pessoas; evidenciar a importância do corpo humano e sua relação com a aprendizagem matemática, fortalecendo dessa forma, conceitos de auto-estima e auto-imagem como referenciais de identidade social. METODOLOGIA: A oficina foi experimentada na FUNESO – Olinda com 42 pares de alunos da Escola VG do 3º Ciclo. Duas aulas preliminares foram suficientes para descrever o projeto aos alunos, sua importância cultural deixada pelo povo grego, os objetivos do trabalho e a sistemática da oficina. Quatro horas com 20 minutos de intervalo foi o previsto. Por casal, cada criança fazia a leitura das medidas de seu parceiro, preenchendo uma planilha em unidades de centímetros, nela contendo uma coluna para cálculo das razões. Cinco destas levariam a uma média aritmética que classificaria a pessoa dentro de um padrão já estabelecido como, quase bela (entre 1,29-1,49 ou 1,79-1,94), naturalmente bela (entre 1,45-1,56 ou 1,67-1,78) e super bela (entre 1,57-1,66). As razões estariam formadas na ordem das seguintes medidas: Altura/largura da cabeça; nariz-queixo/olhos-nariz; olhos-nariz/nariz-lábio; umbigo-pés/cabeça-umbigo; umbigo-joelho/joelho-pés.
Três professores e dois estagiários coordenaram e registraram o evento com fotos e relatos. Oitenta e quatro planilhas, sete instrumentos de medidas com leituras em metros e polegadas mais alguma réguas foram distribuídos. Cálculos das razões e médias foram conceituados e executados usando calculadoras, além da eleição direta e democrática do casal mais belo.
RESULTADOS: Com muita apreensão, as crianças se comportaram bem até a primeira hora da prática. O número de instrumentos de leitura que foi deficiente para todos e as unidades de metros e polegadas, contidas nos instrumentos, muitas vezes fizeram os mesmos definirem a leitura para polegadas, o que nos levou conferir na maioria das planilhas. Como questionou M35: como pode de meu joelho para os pés só dá 16 cm, se o do meu amigo (H21) que é do meu tamanho deu 44 cm? A maioria dos alunos mostrou-se motivados pela prática divertida e até levantaram hipóteses quanto aos prováveis vencedores ao título de belo e bela do 3º Ciclo. Encontramos alunos preocupados com resultados contrários, coeficientes distantes do belo – que não fossem divulgados –. Atendemos ao apelo sem nenhuma objeção. Quatro planilhas foram desclassificadas por incompreensão. Preferimos publicar apenas os vencedores e os vices nesta ordem, assim: pela razão áurea, as meninas M72 e M32 empatadas, meninos H21 e H29; pela eleição direta (há 30 dias em segredo) M72 e M11, H70 e H38.Com muita surpresa acatamos a vencedora Miss nas duas modalidades, a aluna M72, muito aplaudida por todos. No geral, 21% das meninas e 18% dos meninos encontraram-se na faixa de “muito belo”. Na outra, “naturalmente belo”, estiveram 45% de todos.
CONCLUSÕES: A Geometria com a História da Matemática registrou fatos importantes para a humanidade. Descobertas caminharam com o desenvolvimento cultural de vários povos e desde a antiguidade, certamente têm refletido em sala de aula, muita motivação pelos alunos na arte de pesquisar, seja por curiosidade dos fatos, ou pela sua importância à sociedade. A contextualização motiva a aprendizagem e o aluno até se diverte pela prática do saber. A Beleza Áurea mudou o comportamento dos alunos na aprendizagem das Razões e Unidades de Comprimento, pois havia uma meta para descobrir algo que a todo custo precisaria ser testado. Viram que, em parte, a beleza não tem muito com a razão que foi concebida pelos gregos, para com o conceito do belo de nossos dias. Pois mesmo que a Miss 3º Ciclo tenha vencido pelos dois métodos verificados, para o Mister (menino mais belo) não aconteceu com o mesmo efeito. A cultura de um povo interfere no conceito de beleza e nosso aluno percebeu que este conceito não depende apenas da ciência exata, mas muito do sentimento pessoal de cada um. Verificamos no aluno, a importância das medidas no dia-a-dia, o corpo humano tem matemática, o valor da auto-estima e da auto-imagem é referencial de identidade das pessoas. A melhor Razão é a Áurea, a melhor beleza está no coração!
José Carlos da Costa (Matt/1° período;noite)
ResponderExcluirBaseado no artigo, posso concluir que a beleza determinada pelos cálculos matemáticos nem sempre é compatível com beleza determinada pelos olhos humanos, como a própria pesquisa nos mostra.É um artigo sensacional, nos repassa que, como diz uma antiga frase, "a beleza está nos olhos de quem vê".
Gilberto Sávio (mat/1ºperíodo, noite)
ResponderExcluirPara muitos a beleza está no objeto avistado, e não, dentro da pessoa em quem o observa.
O povo tem que reaprender a si ver, pois tudo que retemos em nossa mente, foi fruto de um processo de observação e repetição, por isso somos seres sociais.
O contexto cultural, interfere por que é algo apreendido e vivenciado pelo indivíduo.
Temos que olhar as pessoas não com com os olhos que pode enganar a mente, e sim com o coração que filtra não só os defeitos e imperfeições do corpo, mas conhece a essência da bela em sua totalidade (que é o amor).