Débora Cézar
Maria Chaves
Adegundes Maciel
Ao Comitê da SBPC-62ª Reunião Anual-Natal-julho.
INTRODUÇÃO: O tema Valores Humanos nas Organizações Empresariais vem sendo discutido por muitos grupos da sociedade nos últimos anos. Entretanto, na maioria das vezes, as empresas projetam as estratégias e as desprezam no meio do percurso, deixando apenas nos afixados dos muros, as boas intenções iniciais. Com isso, muitos colaboradores acreditam que estas empresas funcionam apenas como geradoras de rendimentos e de pagamentos de seus trabalhadores. É preciso que haja na empresa a conscientização de se trabalhar valores como a ética, o comprometimento, empatia e qualidade entre outros. Diante deste fato, cabe ao Pedagogo Empresarial – Consultor Interno da
Empresa – de recursos humanos, contribuir para a melhoria dessas relações humanas, dando continuidade ao trabalho que deve ter sido realizado, também, dentro de unidades escolares. O objetivo dessa pesquisa é de investigar a valorização do ser humano no ambiente de trabalho, o como e o quando ela acontece e Valores da Empresa. Importa na pesquisa o fato de que quando o indivíduo é valorizado ele acredita mais em si mesmo, ocorrendo, assim, maiores benefícios pessoais e, conseqüentemente, também para a Empresa. O Pedagogo Empresarial, com suas atribuições e competências, deverão contribuir para que tudo isso se concretize.
METODOLOGIA: Esta pesquisa foi realizada numa abordagem qualitativa através de dois instrumentos compostos de sete itens de questionamento para o pedagogo e doze itens para a categoria dos funcionários comuns. Participaram três empresas públicas e três privadas. Como sujeitos, escolhemos de cada empresa, um pedagogo e outros seis funcionários. As categorias para a composição de análise de dados da entrevista foram em relação ao pedagogo: a finalidade do pedagogo empresarial e tempo de serviço nesta área; desempenho do empregado e progresso; necessidade do pedagogo na empresa; melhoria com a influência do trabalho pedagógico. Em relação aos outros funcionários foram questionados os seguintes itens: seu tempo de serviço; sua satisfação; sua insatisfação; relação interpessoal; sua comunicação; integração na equipe; substituição nas ausências; limites para o desenvolvimento profissional; a iniciativa e a participação nas atividades de lazer; a valorização na empresa e o sentir-se valorizado; programas e sugestões de forma de incentivo na empresa e o risco de mudar de emprego para obtenção de melhores benefícios. Uma questão comum finalizou cada instrumento: a ausência e a presença da valorização na empresa como tema livre de resposta e comentários. Isso para ambos os funcionários.
RESULTADOS: Coletamos os dados, depois de classificarmos e selecionados por categorias de respostas, em ambos os instrumentos das entrevistas, pudemos perceber inicialmente que grande parte dos funcionários mais humildes sentiu dificuldades de entender o significado do termo “valores” na empresa. Ficaram evidenciadas diversas limitações na estrutura organizacional da empresa no que tange ao setor de recursos humanos. A falta de integração entre os níveis hierárquicos entre os setores institucionais, o não aproveitamento da capacidade do indivíduo, assim como, a inexistência de canais para a exposição de idéias e de novas metodologias de trabalho, por parte dos funcionários, são algumas fragilidades identificadas na pesquisa. Apenas 30% dos funcionários entendem a importância do pedagogo na empresa. E 90% dos mesmos acreditam que não são valorizados pelo patrão, o que os levam a desmotivação. Metade dos pedagogos não se sente seguros de suas atribuições por falta de apoio de seus superiores. Apenas 9% das entrevistas revelaram satisfação quanto à postura da empresa/valores/funcionários. Quase 80% dos entrevistados acreditam que o lucro e pagamentos dos funcionários são os únicos objetivos da sua empresa.
CONCLUSÕES: É tempo de mudanças. A modernização das empresas já deve se tornar uma realidade. Esqueceram de que sua principal meta não deveria ser a aquisição de equipamentos tecnológicos, mas a aquisição de valores internos a sua própria empresa e de seus recursos humanos. Pedagogia, por trabalhar diretamente com o desenvolvimento humano, tanto no aspecto pessoal como profissional, auxilia no mútuo crescimento, empresa/empregado. Pouco se compreende da importância do Pedagogo Empresarial nas Organizações, um verdadeiro Consultor interno da Empresa. Os valores na empresa, como ética, comprometimento, empatia e qualidade, nem mesmo seus próprios funcionários revelados na entrevista, entendem bem sobre isto. Imaginem a valorização destes próprios funcionários por esta mesma Empresa? Se a empresa tiver recursos financeiros, mas não existir em seu interior a valorização do profissional, o seu desenvolvimento e crescimento ficarão prejudicados. A tendência é de ter um funcionário desmotivado, sem interesse de desenvolver seu trabalho em potencial, um ser isolado que não crê no que faz. Consequentemente, não haverá uma maior produção, trabalho em equipe, comunicação e a preocupação de enfrentar desafios, entendendo (este funcionário) que o trabalho serve apenas como um meio de sobrevivência.
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