terça-feira, 5 de janeiro de 2010

VÍDEO - POR QUE TRIÂNGULOS?

clique aqui para ver publicação.
INTRODUÇÃO: Com a chegada das novas tecnologias à educação, a sala de aula ganhou muitas ferramentas capazes de ajudar o professor no seu exercício didático. Os computadores, por exemplo, possibilitaram várias outras alternativas auxiliares no campo digital da informação. Várias mídias foram concebidas como o disquete, o CD-ROM e o DVD-ROM, com isto, melhorando de forma crescente o arquivo de dados e a qualidade do produto, destacando o som e a imagem nas mídias de comunicação. O antigo vídeo VHS pôde se transformar em vídeo digital DV e ser assistido através de computadores. Percebemos, portanto, uma boa perspectiva de trabalhar com o vídeo didático e de forma mais refinada no trato das imagens, armazenagem e edição.

Resgatamos a confecção do vídeo, agora, sobre Triângulos, com objetivo de verificar o desempenho dos alunos, após assisti-lo antes da aula tradicional – seus elementos, sua classificação –, tentarem responder um questionário com 28 itens que, possivelmente, pudessem caracterizar mais importância e atenção ao conteúdo. Assim, paralelamente, outro grupo de alunos, sem assisti-lo, como se sairia com o mesmo questionário? Espera-se que o vídeo motivador, antes da aula tradicional, melhore o desempenho desses alunos no mesmo questionário.
METODOLOGIA: A experiência realizada na sala de vídeo da Escola VG mobilizou 31 alunos sorteados, do Curso Pró-Jovem, para assistir ao vídeo, 24 minutos, para, logo após, assistirem à aula expositiva. Esta, com 10 minutos, composta de elementos fundamentais e classificação dos triângulos, sem acompanhamento escrito pelos alunos, com pincel e lousa pelo professor. No dia seguinte, entre os faltosos do dia anterior, mesmo número de alunos foram aleatoriamente escolhidos, mas não assistindo ao vídeo, participaram da mesma aula expositiva do 1º grupo. O vídeo confeccionado mostra imagens estratégicas dos triângulos presentes em estruturas metálicas de cobertas e pilares na construção civil, objetos que impunham segurança e rigidez em suas articulações, assim como: cobertas de aeroporto e centro de convenções, parque de diversões, guindastes, torres de alta tensão, etc. A importância dos triângulos no nosso dia-a-dia. Por que estudar triângulos? Além da demonstração da propriedade de Rigidez, singular nos polígonos de três lados, responsável por esta importância – com a ajuda do metro do pedreiro e participação de alunos no ensaio–. O clipe tem duas paradas internas para reflexões e interação com os alunos, relativo ao capítulo anterior, podendo ser pausado a qualquer momento, caso necessite.
RESULTADOS: A princípio, pôde-se perceber muita apreensão por parte dos alunos, pois, a surpresa ou o novo é sempre bem-vindo dentro da sala de aula. Segundo eles, ninguém ainda tinha visto um vídeo didático na disciplina de matemática e isso colaborou com a atenção e procedimentos nas atividades. Os alunos que assistiram ao vídeo antes da aula tradicional atingiram 78,34% de rendimento nas informações exigidas pelo questionário. Por outro lado, apenas 51,02% conseguiram responder corretamente o mesmo questionário sem assisti-lo. Nas duas paradas obrigatórias destinadas a curtas reflexões e esclarecimentos observaram-se mais comentários que perguntas, o que pareceu caracterizar o vídeo como uma forte ferramenta de informações quanto à importância dos triângulos na aprendizagem do aluno. Diante de comentários ao final das atividades, os alunos do Pró-jovem sentiram-se curiosos nas imagens de parques de diversões, onde estavam presentes os polígonos de três lados, responsáveis pela segurança dos brinquedos a funcionarem sem perigo de incidentes. A propriedade de Rigidez nos triângulos ficou clara e os estudantes sentiram a curiosidade de comprovar, em novo ensaio, agora, fora do vídeo, em sala de aula, com a escala metro do pedreiro, na formação dos polígonos verificados, tal propriedade.

CONCLUSÕES: O vídeo didático de Matemática vem atravessando décadas com dificuldades quanto a sua confecção ou aplicação nas aulas tradicionais. A crítica e o preconceito nas unidades de ensino são comuns quando o material não é de boa qualidade. Planejamento com estratégia, bom texto, imagens e conteúdos objetivos colaboram com um bom vídeo motivador.
Além do mais, em todo vídeo didático deve prevalecer a interatividade entre professor, exposição e aluno (SERNA, 2000). Este foi um dos cuidados mais exigente do vídeo Por que triângulos? : a interação. Visando atrair a atenção dos alunos, o áudio e o visual, bem como os lugares estratégicos, as paradas obrigatórias para reflexões, gerando participação dos alunos com perguntas e comentários, contribuíram para uma maior concentração em triângulos e a uma diferença próxima dos 30% de rendimento a mais, em relação aos alunos que não assistiram ao vídeo antes da aula tradicional. Por outro lado, dificuldades são enormes para tudo caminhar com esta perspectiva. É preciso trabalhar com projeto, que o planejamento disciplinar favoreça ao debate e à formação crítica do conhecimento em cada aluno.As ferramentas educacionais precisam de apoio das Novas Tecnologias para se modernizar e o vídeo didático já deve fazer parte deste empreendimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário